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Para Freud, dentro da
psicologia de massa estão presentes dois diferentes
comportamentos a serem analisados:
o eixo vertical – que compreende
a relação entre hipnotizador (líder) e hipnotizado (seguidor) e o eixo
horizontal – este esta relacionado ao vinculo amoroso que une o grupo – seja o
amor perante o grupo ou em relação ao líder (neste amor, a dimensão sexual esta
sublimada). Desta maneira, todos de um grupo estão ligados libidinalmente.
O que faz um grupo ser um
grupo seria sua coesão, aquilo que faz com que eles permaneçam unidos, ou seja, seu objetivo em comum
– a identificação de uns com os outros. Este objetivo em comum citado seria o
(mesmo) objeto que por cada indivíduo foi
introjetado e hoje esta ocupando o lugar do ideal do Ego – fazendo com que o
grupo comande o indivíduo, ele perca parcial e, posteriormente (possivelmente)
total independência. Processo
este que acontece inconscientemente.
Como exemplo, pode-se
citar os estudos de Gustav Le Bon, onde ele afirma que em massa, em grupos, o indivíduo passa a pensar e agir de uma maneira
diferente da qual se estivesse isolado. Perante um grupo ao qual o indivíduo se
identifica, ele sente-se forte, seguro para tomar determinadas atitudes, ali
sabe que será apoiado. Enquanto, por outro lado, colocado em um grupo ao qual
ele não se identifica, não há pertencimento, ele pensara por si só, sentindo-se acuado e medindo seus atos, pois teme consequências que o coloquem em perigo.
Um assunto muito abordado
por Freud, por exemplo, as religiões. Muitas delas acabam limitam os grupos de
seus seguidores, pó exemplo, excluindo do ciclo de amizades, ou, ate mesmo,
familiar, aqueles que não pertencem e seguem o mesmo credo. Assim, as ideias acabam ficando limitadas aquelas
apresentadas e aceitas por determinado grupo. Assim, cria-se o exemplo do
hipnotizador e do hipnotizado. Onde há somente uma voz ativa, uma voz de ordem.
Os grupos aos quais o indivíduo esta inserido são
os principais responsáveis pela formação do Superego – processo que inicia-se
na infância e passa por remodelações por toda a vida. Desta maneira, com
somente uma fonte de informações, o Superego torna-se vulnerável, por consequência o Ego, o qual passa a não mais
existir, pois perdeu sua forca e utilidade, sendo assim, possível a introjeção de algo externo para que ocupe o lugar
dele.
Na infância, a criança se
identifica com as regras impostas pelos pais evitando o castigo, quando adulto,
surgem as regras morais, sociais e religiosas para que controlem os
comportamentos buscando manter uma estabilidade – controle – social. Para
explicar melhor este processo, utiliza-se a teoria de totem e tabu, onde o
tabu, após quebrado, torna-se mais forte, pois gera a culpa no indivíduo devido
sua atitude em tocar, atingir, algo sagrado.
_ No fundo, toda religião
é, igualmente, uma religião de amor por todos aqueles que ela engloba, e todas
tendem a crueldade e a intolerância em relação aqueles que não pertencem a ela,
Sigmund Freud.