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- Neurose de histeria
- Neurose de histeria
A histeria é vista por Freud como
uma patologia após um trauma que gera uma reação física, esta que pode ter um
período de incubação até mostrar-se visivelmente presente. O histérico torna-se
um indivíduo que sente necessidade de receber atenção, querendo, ao mesmo
tempo, curar-se de tal problema físico, porém, continuar a receber determinados
cuidados que esta atual deficiência o está trazendo.
Não consegue mais produzir ações
que possam trazer modificações para determinadas situações, deixam isso para
terceiros, tirando-se assim do “papel principal”. Sabem onde está seu prazer,
porém não conseguem distinguir o objeto de desejo, realizando assim muitas
transferências. É possível observar também a questão do narcisismo e possessão,
onde determinado objeto reconhecido como gerador do prazer é somente meu, o
histérico passa a achar-se como dono.
A
histeria foi, por muitos anos, uma doença vista como exclusiva das mulheres. Há
determinados textos que dizem que a histeria provém de um determinado problema
no útero. O tempo passou, os estudos se aprofundaram e pode-se detectar
sintomas semelhantes em homens. Estes que foram chamados de histriônicos.
Dentro do
conceito surge a “histeria de conversão”, onde o paciente passa a sofrer com
problemas psicossomáticos. Não somente “delira”, como seu corpo passa a sofrer
seus males psíquicos como um “escape” amenizador do surto. Como relatado em “Freud,
Além da Alma”, sua paciente Cecília sofreu, por um determinado período, de
cegueira e paralisia, sem apresentar propriamente nenhuma explicação física
para tais males. A cegueira representa seu medo inconsciente de não querer ver
determinadas verdades, bem como a paralisia, não querer caminhar até a verdade.
- Neurose ansiosa – insegurança/
angústia
Geralmente está relacionada a
estímulos externos, em momentos de grandes decisões ou escolhas, o medo do
desconhecido. Pode ser acompanhada de ataques de pânico e quadros fóbicos em
momentos inesperados, que não estejam acompanhados de um risco iminente.
Costuma deixar o paciente
inquieto, irritado e com insônia, sendo acompanhada de taquicardia e cefaleia.
- Neurose fóbica – medo
Pode-se citar um exemplo muito
atual desta neurose, a agorafobia. Pavor de estar em um ambiente lotado ou
deserto. Num mundo onde muitos sentem-se
mais seguros dentro de suas casas e fazendo amizades virtuais, ao deparar-se
com um aglomerado de pessoas, principalmente, necessitar apresentar-se a elas,
falar com elas e prender suas dispersa atenção disputada por diversos
estímulos, como o celular (que hoje possui infinitos atrativos). Voltamos
assim, neste mesmo exemplo, para o caso da agorafobia, uma maioria prefere
manter seu foco no mundo virtual, no que parece distante, do que enfrentar sua
realidade.
Para ilustrar melhor a próxima neurose, o conhecido TOC, um vídeo - em espanhol, mas acredito que seja possível compreender sua mensagem central: http://www.youtube.com/watch?v=kphCSailkOc
- Neurose obsessiva – TOC (Transtorno obssessivo compulsivo)
Necessidade de repetir
determinados rituais para sentir-se seguro, pode ser caracterizado pelo medo da
morte – por isso a criação de rituais de proteção.
O medo consciente faz com que
sigamos a vida em segurança, tomando os devidos cuidados diante da sociedade
atual, já os medos inconscientes, além de paralisantes, são medos,
aparentemente, sem justificativa, pois se dão de algo que não apresenta risco
nenhum, por exemplo, fobia de barata. Muitos têm nojo, asco do bicho, mas na
verdade, sabem que nada sofrerão. Já o medo inconsciente, fantasia e a vive, de
que tal animal pode lhe transmitir alguma doença, e assim, é preciso limpar
infinitas vezes o local ao qual ele passou.
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