Imagem: Reprodução Internet
Uma das principais razões motivadoras
para o suicídio é a depressão. Ela atinge diretamente o Ego do indivíduo,
fazendo com que ele se anulo, tornando-se, assim, o principal culpado por todo
o estado psicológico e físico do depressivo. Encontrando-se nesta situação, a
única saída, é aniquilá-lo, ou seja, o suicídio. Esta é vista por muitos como a
única saída para acabar com a dor, o sofrimento, o luto, a melancolia, que o
acomete e, a partir da inutilização do Ego, ele passa ver a si próprio como o
culpado.
O luto e a melancolia podem ser produtores
de fatores depressivos que, podem ou não, acarretar uma depressão. O luto,
apesar de ser popularmente utilizado quando há a morte de um ente querido, na
psicanálise, seu significado vai além. O luto refere-se a morte, ao fim, seja
de uma pessoa, ou uma relação devido um afastamento, uma situação de bem-estar
que não pode mais ocorrer. O indivíduo precisa aprender a lidar com esta perda,
é necessário viver este período de readaptação a falta e, posteriormente,
substituir de modo saudável este “objeto” conscientemente.
Em muitos casos, o período de luto
não é respeitado, não há a superação da fase da aceitação, então, a situação é
ignorada, como se não existisse. Desta forma, a falta é sublimada, sua energia
libidinal passa a ser deslocada para outro objeto e o prazer, de forma
consciente, volta a existir. Porém, este processo costuma ser útil por um
período, logo tende a iniciar as neuroses perante o objeto substituto,
principalmente, e pode aparecer a culpa pelo objeto perdido – tanto por não ter
sido capaz de mantê-lo vivo, quanto a incapacidade de aceita-lo morto.
Para Dukheim, o suicídio é um fator
social. Sua visão reforça parte da teoria de Freud, onde, em o Mal-estar na
sociedade, o pai da psicanálise deixa claro que o indivíduo sofre, durante toda
sua vida, influencias externas e as introjeta conforme sua interpretação – que
também está em constante crescimento e mutação, a partir destas novas
experiências e conhecimentos que vai adquirindo. Assim, estando vivendo em uma
sociedade onde a morte através de suicídio é vista como um pecado contra Deus,
este sentimento pode fazer com que seu medo aumento e, seja ainda propício o
suicídio, pois, estou tendo estas ideias, estes pensamentos e desejos, já sou
pecador, estou cometendo mais um erro, então, preciso colocar um fim a esta
sequência de erros.
Bem como o luto daqueles que cercam o
suicida será vivido de uma maneira diferente, velada, onde não se pode ter pena
de um pecador e, paralelo a isso, há a cobrança em amar o próximo,
principalmente se este for de seu sangue. Mais uma vez, de uma maneira
simbólica e “discreta”, a religião está ligada a psicanálise, ao sofrimento.
Enfim, assim como muitos transtornos
psíquicos podem ser evitados e, se não, tratados, o suicídio pode ser evitado.
O indivíduo que está sofrendo sofre diversas alterações de comportamento – seja
demonstrando sua depressão ou a escondendo e somente apresentando uma
felicidade extrema. Cabe aqueles que o cercam observar com um olhar único e sensível.
Seguindo com a citação da religião, um olhar de amor ao próximo, mas não
segmentando uma única religião, e, sim, a base – que na maioria das vezes é
invertida – o amor, sem olhar a quem, sem julgamentos ou preconceitos. O
depressivo dificilmente aceita seu estado, por isso necessita de ajuda – tanto
psicológica quanto medicamentosa. Em muitos casos, somete a utilização de um
deles não é suficiente para a cura.
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