Imagem: Reprodução Internet
Todo indivíduo é movido por uma pulsão, um desejo, uma
espécie de motivação. Para a psicanálise, esta força é sexual, primitiva,
porém, pode ser parcialmente controlada pelo sujeito. Além da existência do
consciente e do inconsciente, Freud declara também três “personagens” que
compõem cada indivíduo: Id, Ego e Supergo. Estes três travam a cada instante
uma batalha interna para provar qual deles é o mais forte e qual consegue
comandar seu suposto dono, que nada mais é que um escravo. Com esta teoria,
Freud tirou a única certeza que restava aos homens, o autocontrole.
O Id pode ser considerado o sincero, impulsivo, aquele que
assume seus desejos, por mais impuros que sejam. Seu defeito? Ignorar a
convivência social e buscar, a todo custo, seu prazer imediato e instantâneo. O
Superego é completamente o inverso. Aquele ser castrador, que precisa ser
aceito e bem visto socialmente, que ignora seus sentimentos e necessidades para
que possa fazer parte de um grupo.
O Ego? Pobre Ego. Ele é o morno. Aquele que está no meio,
levanto tiro de todos os lados, tentando mediar, porém, o que mais causa, é
sofrimento, por não conseguir resolver de uma vez por todas batalha interna.
Ora Id vence, ora Superego vence. E quando o Ego vence, qual o sentimento?
Morno! Pois há a realização parcial de um desejo do Id e uma aceitação do
Superego em realizar determinada tarefa.
As pulsões apontadas pela psicanálise são sexuais, porém, não
envolvem diretamente o sexo, o prazer no ato sexual. Pode-se citar um exemplo
tipicamente masculino, ter uma Ferrari por exemplo. O sujeito busca o carro por
se veloz, confortável, bonito. Desejos conscientes e claramente entendidos
dentro do cunho social. Lá na ponta do iceberg, em seu inconsciente, ele busca
um carro que poucos têm condições financeiras de comprar para exaltar o quanto
é especial, para afirmar o quanto ele é poderoso, viril, único. Sentimentos que
podem ter se desenvolvido em um desamor na fase da infância.
É comum o sujeito buscar tapar o buraco de uma falta que lhe
deixa um vazio com coisa materiais ou com pessoas, porém, se não encontrada e
permitida a aceitação da real causa da falta, esta, nunca poderá ser
preenchida. É sim também, verdade de que uma falta preenchida, foca-se em
outra, e assim, sucessivamente as neuroses vão surgindo, desaparecendo, se
transformando.
A psicanálise, o método catártico, a interpretação dos
sonhos, traz o sujeito para a realidade de que, nem ele nem ninguém, podem ser
perfeitos aos olhos de uma sociedade falha, onde, ao mesmo, permite que vivam
juntos os taxados bons e maus, fazendo assim, com que sejam conhecidos prazeres
diferentes, e que ambos sejam objeto de desejo, de posse, para si.
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